30 de dezembro de 2013

Rumo à MDS

Com uma ajuda extra nos alongamentos torna-se mais fácil atingir o objetivo Marathon des Sables!

19 de dezembro de 2013

Ó gorducho das barbas brancas!... Sim, tu!






E para finalizar o look de lady in red... Voilá!


Era assim tão complicado? Então, já trazias o saco cheio? Isto não cabia lá? Dobrado e bem acondicionado não me digas que não havia um espacinho entre os brinquedos da criançada e o perfume da minha mãe? Raios...

Sabes que mais? GOOOORRRDO! 

18 de dezembro de 2013

E correr, não?

E porque já ando a ouvir 'bocas' do tipo: e correr, não? Aqui fica um pequeno relato de um treino inesperado que ocorreu no domingo.

Sem que nada o fizesse prever, pelos afazeres domésticos e familiares que proliferam nos últimos dias, no domingo de manhã havia espaço na agenda para um treino longo. Fomos para Monsanto.

Estava uma bela manhã de inverno, com um sol luminoso e uma temperatura amena. Condições reunidas para um super-treino!

Muitos de vós conhecem Monsanto. Para quem não conhece acho que Monsanto é um ex-libris em Lisboa para quem gosta de correr na e com a natureza. É possível fazer um treino duro, com subidas respeitáveis, experimentar trilhos mais irregulares e ir cheirando e vendo o que de bom a natureza nos dá. A quantidade de corredores, caminheiros e ciclistas faz com que aquele espaço se torne, a um domingo de manhã, o Templo dos Desportistas Lisboetas.







 


 Monsanto é verde. Tão verde que por vezes aborrece! ;)

Só muito recentemente, e motivados pela preparação do Paul Michel para a MDS, é que começámos a descobrir Monsanto. E Monsanto tem mesmo muito para descobrir.

Mas treinar com o Paul Michel tem sido um pouco difícil para mim. Já há muito que não o consigo acompanhar e a cada dia que passa o hiato entre mim e ele aumenta. É claro que ele tem tido uma intensidade e carga de treino incomparavelmente superior à minha, daí também esta diferença.

Mas recordo aqui tempos em que ele não me conseguia acompanhar! É verdade! Podem não acreditar, mas houve uma fase das nossas vidas em que ele levava uma vida completamente sedentária e eu treinava com alguma regularidade, para perder peso após a gravidez. Nesses tempos, acreditem... Ele ficava para trás!

Neste treino em Monsanto, segui (obviamente) sempre atrás dele e por várias vezes olhava para ele (e além de ver metade do homem que via há um par de anos atrás, porque está visivelmente mais magro!) recordei-me desses tempos e pensava: "quem diria, Paul Michel, que correrias assim..."



O meu treino resume-se a 24km e o dele a 27km! Ou seja, ele tem um saldo superior ao meu e vocês já adivinharam porquê, claro! É que várias foram as vezes em que ele voltava para trás para não se distanciar e não me deixar sozinha.

No final, ainda me disse: "estou muito orgulhoso de ti, já me acompanhas num treino destes". Enfim... É como quem diz... Um treino destes define-se por um ritmo médio (dele!) na ordem dos 132bpm. Ou seja, longo e calmo! Para mim, a média foi 167bpm. Houve alturas (leia-se, subidas) em que bati nos 190bpm!

Claro que treinar com companhia é muito melhor, mas a minha companhia é relativa, de facto. Tirando as provas em que ele decida de antemão que me vai rebocar ou que fará apenas um treino de recuperação, pergunto-me se algum dia ele estabilizará e eu poderei evoluir no sentido de o "agarrar".

Claro que sim!

16 de dezembro de 2013

Sexta-feira 13

Sexta-feira 13 apanho um susto daqueles. Entro em casa e tenho um caixote enorme no hall. Por fora não havia imagens só umas letras enormes a dizer NORDICTRACK. Isto parece-me coisa do fitness. Andei ali de volta mas não havia imagens. Telefono ao Paul Michel para perguntar do que se tratava.

Ele: "Ah, é uma elíptica..." - e continua - "vai fazer-te muito bem, também a ti."

(É deveras impressionante esta capacidade que os homens têm de, na eminência de levar um ralhete, revertem a jogada em prol do adversário, neste caso, eu!)

Eu: "Mas eu não te pedi uma elíptica."
Ele: "Eu sei, mas é muito importante para treinar para a MDS... E a ti vai fazer-te maravilhas! Vais melhorar a tua performance."

(Abro o caixote e espreito lá para dentro)

Eu: "Hummm... E só havia em cinzento?"

Fim de conversa. Assunto arrumado.

13 de dezembro de 2013

EM'Força - um projeto solidário

A pedido de um seguidor venho divulgar um projecto que visa juntar a prática da corrida ao apoio a uma causa específica: doentes com Esclerose Múltipla. No site deste projecto pode ler-se o seguinte:

"O nosso objectivo base é criar uma forma de, através de um gesto simples, correr por uma causa, conseguir melhorar o dia de alguém que sofre de EM. Na EM’Força corremos por sorrisos, corremos por carinho e corremos por quem não pode.



A EM’Força é uma junção entre o projeto I Will try to Fix You e a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, que, em conjunto, criaram uma equipa de corridas cujo objetivo é contribuir para apoiar os doentes com EM. No início de Setembro de 2012, com a junção de objetivos, projetos e meios, surge esta equipa que realizou a sua apresentação ao público em Dezembro, nas corridas São Silvestre do Porto e de Lisboa, tendo na altura juntado mais de uma centena de corredores, realizando logo na apresentação mais de 1000Km com t-shirts da EM’Força."


No site podem obter mais informações sobre como ajudar. Creio ser este um momento especial para dedicar alguns minutos a ler e perceber qual a missão deste projecto e pensar de que forma podemos colaborar. Através da corrida, claro, mas também de outras formas: apoiando através de trabalho voluntário ou contribuindo para a angariação de fundos, por exemplo.

Hoje em dia para se ser solidário basta virar a esquina. Cada vez mais, há quem precise da nossa ajuda. Não podemos estender as mãos a todas as causas, mas pelo menos a uma... Escolham uma causa que gostem, que acreditem, ou porque têm algum amigo ou familiar nessa situação.

Enquanto ainda temos força nas nossas pernas temos o dever de ajudar quem precisa. Tenho, por convicção própria e por princípio, a certeza que não se deve ajudar apenas quando se pode. Podemos ajudar SEMPRE e é nossa obrigação fazê-lo! A forma como o fazemos é que é a nossa escolha!


Pensem nisto enquanto correm!


10 de dezembro de 2013

Meu querido mês de Dezembro

Este meu querido mês de Dezembro está a sair-me pior que a encomenda! Já suspeitava que fosse um mês difícil para treinar. A preparação da quadra natalícia tira-me muito tempo. E não estou a falar de compras de natal, essas não me tiram muito tempo pois compro poucos presentes.

Nesta altura do ano multiplicam-se os jantares com amigos, os jantares de trabalho, as festas das escolas, as acções de solidariedade aqui e acolá... O mundo escolhe festejar e ser solidário em Dezembro.

Em boa hora optei por não me inscrever em nenhuma prova este mês, mas depois arrependo-me. Mais tarde, navego pelos blogues que sigo e sou bombardeada pelas fotos e relatos emocionantes das provas que ocorreram e fico com aquela sensação chamada 'inveja da boa'.

Os treinos também não têm sido grande coisa. Na semana que passou apenas consegui treinar duas vezes, o que é manifestamente pouco para os meus objectivos actuais. Prometi a mim mesma, e a mais alguém, manter a rotina dos quatro treinos semanais. Quanto a isto aviso que está a contar só a partir de Janeiro, ok? Até lá não vale.

Os treinos do Paul Michel também não (me) ajudam. Para ele treinar e cumprir o seu plano de treinos eu tenho treinado menos. Até comer, tenho comido menos... Mas essa parte não me faz mal nenhum, há para aqui massa adiposa para me sustentar umas boas semanas à míngua!

É que agora, cá em casa gostamos muito de tofu e seitan... Acompanhado de brócolos, rebentos de soja, cogumelos... E bebemos muito chá verde... E os pequenos almoços?? Dignos de trabalhadores do campo: iogurte natural com aveia, kiwi, três nozes e bagas de goji...


Tofu com cenas diversas
(Aquelas cenas pretas que parecem minhocas, são algas chinesas).

(Só aguento isto até Abril, juro!!)

No sábado de manhã fui fazer um treino de 10km sozinha e consolei-me a desfrutar uma manhã solarenga de inverno, sem vento e uma paisagem bonita. Não levei nada para registar o momento, mas acreditem em mim, a paisagem era à beira Tejo e era bonita.

Passa por mim uma jovem que me chama a atenção. Uma rapariga muito jovem mas muito forte. Corria sozinha e a ouvir música. Ia vermelha que nem um tomate! Admirei o seu esforço. Porquê? Pela opção que tomou naquela manhã de sábado. Uma jovem daquela idade poderia ter imensas coisas bem mais interessantes para fazer do que ir para ali correr e sofrer. Sim, porque ela corria com algum sofrimento. Provavelmente estará em início de "carreira", provavelmente (re)começou a correr há muito pouco tempo. Com o objectivo de perder peso? Com o objectivo de ser mais saudável? Com o objectivo de esquecer o namorado que terminou com ela na semana passada? Porque está desempregada e precisa de esquecer o infortúnio?

Tantas vezes faço esta pergunta quando me cruzo com outros corredores. E este? Porque é que correrá? Porque agora é moda e anda toda a gente na rua a correr?

A jovem passou e o meu vaguear de pensamentos foi interrompido quando ao km7 o meu pé esquerdo começou a dar sinal. Afinal a minha lesão parece não estar resolvida. Curioso é que a dor situa-se na planta do pé, na parte interior. Ao fazer os alongamentos finais senti a mesma dor com a agravante de ao tentar puxar o pé para trás me doer, também, na zona do tornozelo.

Adiante... Por agora não quero pensar muito nisso. Vou pensar que no próximo fim-de-semana quero meter a mochila à costas e desaparecer por um bom par de horas num trilho perto de mim! De preferência sem dores, mas se possível a cruzar-me com mais gente a correr.

Bons treinos!



6 de dezembro de 2013

Original e muit'a giro!!

Aviso já que não conheço ninguém que esteja na organização desta prova nem conheço o/a criativo/a que fez este cartaz. Por isso, estou mesmo à vontadinha para falar do assunto.
 


Já tinha feito referência a este cartaz na página RUN BABY RUN do Facebook, mas julgo que o mesmo merece honras de estado aqui no blogue.

Associar a ideia de trail a 'hard' já não é novidade para ninguém, mas depois disso ter "a lata" de colocar uma imagem feminina é duma audácia de relevar. Reparem que a maioria - quase que arriscava dizer TODOS -, dos cartazes de provas de trail ou tem uma imagem masculina a correr (nada contra se ainda por cima for minimalista!!! Eheheheh) ou então tem uma imagem que sugere uma montanha e depois, algures, o nome da prova, com a data, os quilómetros da prova, blá, blá, blá... O costume. Reparem que este não tem nada disso.

Alguma vez algum cartaz de provas de trail teve uma referência assim tão explícita ao sexo feminino? Nas provas de estrada já se começaram a ver imagens femininas. Por exemplo, a edição de 2013 da corrida Volkswagen tinha no cartaz uma jovem bem parecida e a fingir, muito mal por sinal, que estava a correr (na altura até comentei).

Depois reparem noutro pormenor! Não contentes, não se ficam por aqui: tiveram a ousadia de colocar uma mulher com unhas pintadas de verde! Imaginem! Onde já se viu? Mulheres a fazerem uma prova de trail de unhas verdes?! Qualquer dia vai aparecer por aí alguma louca a fazer um trail de saia, querem ver?? ;)

Podiam ser encarnadas, mas não, são verdes! Uma cor nada consensual, inclusive entre as mulheres! Eu diria que é uma cor ousada, nem todas as mulheres usam (muitas nem gostam).

A seguir fazem com que esse verde combine com a sola dos ténis!! Não!!! Esta parte matou-me!! Tudo isto me faz pensar que a dita senhora terá um modelito daqueles de cortar a respiração! Já estou a imaginar: calção preto e t-shirt verde (da cor das unhas!), gola em bico com uma risca cor-de-rosa a debruar as mangas e a zona do cós...

A cereja em cima do bolo é a quantidade de terra agarrada às unhas, a sugerir a dureza da prova. Maravilhoso! Tudo pensado e, na minha opinião, muito bem pensado.

Olhem, não sei que diga mais... Gosto, gosto, gosto!

Faz falta gente criativa e ousada! Até nos cartazes das corridas! Já não há saco que aguente os cartazes tão nhã-nhã-nhã... Sempre a mesma coisa. E depois as t-shirts oferta são outro tédio, sempre as mesmas cores, as mesmas estampas... Brrr.....

Um cartaz destes faz toda a diferença.

Sejam criativos, minhas senhoras e meus senhores! Sejam criativos! O país agradece e a malta das corridas também!



E pronto, porque não tens corrido uma beata, dedicas-te a fazer psico-styling-image-motivation-analysis e sai disto!...

Não vás correr, não...

2 de dezembro de 2013

Anton Krupicka, um americano muito simplezinho

Anton Krupicka é um atleta americano sobejamente conhecido. Tem um palmarés invejável e advoga um estilo ultra-minimalista de corrida em montanha. Gosto do seu estilo, parece um viking mauzão, gosto da forma como corre.

Já andava há algum tempo de olho nele. E depois vou lendo aqui e ali histórias e episódios caricatos sobre a sua carreira. De início o seu estilo minimalista era algo que me fascinava, pois por cá vemos sempre a maioria dos atletas de montanha carregados de tudo e mais alguma coisa (meias de compressão, bastões, mochilas de hidratação, corta-ventos, gorros, luvas, etc.). Anton Krupicka não. Adepto do lema: less is more, corre quase como Deus o pôs no mundo. Abençoadinho!

São visíveis assim a olho nú!! as suas qualidades como atleta minimalista:

 




Mas o minimalismo é um tema controverso, pois pode pôr em risco o altleta. O minimalismo levado ao extremo pode ser perigoso. Em montanha quando algo corre menos bem damos por bem empregue todo o peso que carregámos em cima do nosso corpo: desde líquidos para beber, sólidos para comer, agasalhos, etc.. Tudo o que um atleta minimalista, numa circunstância dessas, não terá.

Mas compreendo bem o conceito e admito que simpatizo com ele. Acho que quanto mais desprovidos de coisas materiais estamos, mais em comunhão com o ambiente, neste caso a natureza, nos sentimos. No caso do Anton ainda ajuda o facto do moço ser bem apessoado. Por isso, eu gosto do minimalismo. Gosto pois. Minimalismo q.b..

Mas, não há bela (neste caso, belo) sem senão... Ora bem, quando se fala em minimalismo estamos a referir-nos a roupa, acessórios, utensílios, tipo de ténis usado, etc... Não nos estamos a referir a mais nada, pois não? Ou há algo neste conceito que eu deva saber e ninguém me contou, hein?

É que por estes dias andava a ver vários vídeos de entrevistas de ultrarunners e deparo-me com este, aqui do Anton. Qual não é o meu espanto quando, sensivelmente a meio da entrevista, no momento em que ele, quase que num tom romântico, diz que depois de uma corrida de quatro ou cinco horas gosta de se refrescar no rio (e eu já a fazer filmes)... Surge esta pérola:


WTF???? O que é isto António???

Isto mais parecem os pés do Gollum, aquela criatura corcunda e nojenta do Senhor dos Anéis. Esta:



Mas será possível? Não haverá solução para esta tragédia? Não poderá ser isto um nicho de mercado a explorar pelos cirurgiões estéticos? Reconstrói-se tudo, tira-se e põe-se tudo, aumenta-se e diminui-se tudo, tira velho, mete novo... Não será possível surgir uma nova técnica a lazer, por exemplo, de reconstrução de unhas de pés para estes casos infelizes?

É assim: cada vez gosto mais de correr no monte, mas se é para isto... Se é isto que me espera... Ó meus amigos!...